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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quem é a UFAC para decidir o destino de uma população?

Acredito que todos devam procurar se dedicar às atividades com as quais tenham mais afinidade.  Assim, quem são os dirigentes da UFAC para decidirem que cursos uma população inteira deve fazer? Esse questionamento ocorre no momento em que uma pessoa descobre que não tem nada a ver com um curso de Letras, mas que já está numa fase da vida em que mudar se torna mais difícil. Veja só, mais ou menos em 1992 a UFAC inaugura o Campus de Cruzeiro do Sul com apenas dois cursos: Letras (Português e Inglês) e Pedagogia.  Fato esse que até hoje não compreendo, pois ao que aparece, alguém  deve ter muita raiva do Vale do Juruá, pois no meio de tantos cursos, escolheu dois que só servem para o ambiente escolar.  Como na época nas escolas pouco se falava em Vestibular, profissão ou vocação e também não existia Internet, eu pouco sabia sobre a utilidade de um Curso Superior.  desse modo, acabei prestando Vestibular para Letras e ainda passei.  O curso era constituído de um pouco de gramática e muito de Literatura.   Nunca me dediquei completamente  a ele.  Fazia o que podia e quando podia.  Contudo, pensava que ao me formar poderia ser promovido mais facilmente ou pelo menos receber uma espécie de progressão salarial.  A promoção nunca aconteceu, a progressão foi de apenas 5%.  Já em Rio Branco, sempre procuraram oferecer os melhores cursos, tais como Engenharia Civil, Medicina, Direito e até Sistemas de Informação.  Porém, parece que o cruzeirense não tem o direito de ser engenheiro, médico ou analista de sistemas. Com a inauguração do Campus Floresta, novos cursos foram ofertados.  No entanto, justificaram que Engenharia Florestal, Biologia Bacharelado foram escolhidos para que os cruzeirenses pudessem, tipo, ter um contato melhor com a natureza que os cerca.   Agora, só porque uma pessoa mora num lugar que tem muita mata ela não tem direito de fazer uma faculdade...de música, por exemplo?  Odeio engessamentos, mas infelizmente passei por um.  Eu e tantos cruzeirenses que perderam 04 anos de suas vidas fazendo uma coisa que para eles teve pouco sentido. Quem já era professor, continuou professor, quem não era, virou (e depois se arrependeu).  Todavia teve alguns que não passaram nos Concursos da Secretaria de Ed. do Estado do Acre porque não caiu nada de Literatura.Tem gente que era PM, continua como PM, ou seja, a alteração na vida de alguns foi mínima.  Se fosse hoje, jamais faria um curso de Letras, nem que me pagassem para tanto.  Felizmente estou fazendo um curso do qual gosto muito: Sistemas de Informação.  Tanto, que mesmo tendo ficado em algumas matérias, continuo batalhando, estudando Java por conta própria e ralando o máximo que posso.  Essa é a diferença entre quem faz o que gosta e quem faz só por fazer.  Atenção dirigentes, da próxima vez que forem decidir o futuro de uma cidade, consultem-na primeiro.  Pra encerrar, é preciso mencionar que somente esse ano o curso de Direito foi oferecido aos cruzeirenses, mas apenas em regime modular, ou seja, os demais continuarão engessados e principalmente se não tiverem condições de sair de lá para cursarem o que desejarem.

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